quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

ImpreSSões - Dodge Charger R/T 1975

    A nova geração do Charger estreava por aqui em 1973, e antes mesmo de chegar as ruas, a revista Quatro Rodas já testava o modelo em Novembro de 1972, podemos dizer de partida que o Charger R/T é o que o Brasil tem de mais próximo de um Muscle Car (clique aqui e entenda Muscle Car).

Com um conjunto mais agressivo aliado aos seus itens, o Charger R/T era considerado o melhor brasileiro em 1973.

Inspirado no irmão norte-americano do fim dos anos 60, o novo Charger nacional estava bem superior aos modelos anteriores da linha, não era somente sua potência de 215 cavalos aliado ao câmbio de quatro velocidades, mas sim todo o conjunto de freios, suspensão, conforto e o cunjunto externo, o que lhe rendeu inúmeros reconhecimentos das publicações de sua época como o melhor automóvel brasileiro.

Novas faixas laterais de ponta a ponta.

Naquele ano de 1973, o Charger R/T também ficava com o título do automóvel brasileiro mais rápido e veloz, e não era por menos, o 318 V8 da versão Road & Track rendia 10 cavalos a mais que as versões de luxo e seus 43 kgfm de torque eram suficientes para levar o esportivo aos 190 km/h e fazer o 0-100 km/h na casa dos 11 segundos, ótimos números para época, mas se quiser comparar com modelos atuais tenha certeza que é bem mais divertido 11 segundos em um Charger do que fazer 10 segundos em um moderninho, por exemplo.

O 318 V8 rendia 215 cavalos quando no R/T.

Externamente a linha trazia mudanças na dianteira e traseira, além das novas faixas esportivas laterais, mas a maior mudança mesmo ficava por conta do conjunto dianteiro, que com o par de fárois duplos, acabava por solucionar um dos problemas de iluminação na época, onde principalmente nos dias chuvosos muitas pessoas reclamavam de um acúmulo de sujeira na lente dos fárois, difíceis de limpar por conta da grade. O capô também sofria alterações, com ausência das faixas e das travas externas, e com a inclusão das falsas tomadas de ar, onde ficam os cilindros.

Para 1973 novo conjunto dianteiro e capô com falsas entradas de ar.

Na traseira quase não houve mudanças, apenas um novo aplique de vinil contornado por um friso entre as lanternas, agora mais envolvente, opaco e com o logotipo Dodge estampado.

Para poucos até os dias atuais, o R/T tornou-se ícone dos esportivos nacionais, ao lado do Maverick e Opala.

Seu outro grande atrativo era seu conforto, com bancos reclinavéis e ar-condicional oferecido opcionalmente, além de itens como vidros verdes, ar quente, direção hidráulica e detalhes em jacarandá, e não podemos esquecer o volante esportivo de três raios.

Internamente muito conforto, aliado com a esportividade de um câmbio no assoalho e volante de três raios.

O modelo das fotos contínua intacto mesmo depois de ultrapassar os 45 anos de idade, carregando com orgulho o fato de nunca ter sido restaurado e ainda consegue tudo isso com apenas 60 mil quilometros originais!

 Linhas com vincos marcantes, traços herdados dos modelos norte-americanos dos anos 60. 


Texto de Andre GeSSner
Fotos do Arquivo

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